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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Eleições: Agnelo e Arruda viram alvos no primeiro debate

Na Band. Encontro entre candidatos ao GDF foi marcado por troca de criticas, de ‘apagão na gestão’ a ‘ficha suja’, e poucas propostas

 
As duas horas de duração do primeiro debate televisionado com os candidatos ao governo do DF, organizado pelo Grupo Bandeirantes e transmitido pela Band e pela Band News FM, foram marcadas por troca de acusações e poucas propostas. Os principais alvos foram o governador Agnelo Queiroz (PT), criticado por suposta ineficiência na gestão, e o ex-governador José Roberto Arruda (PR), chamado de “ficha suja” pelo candidato Toninho do PSOL. Também houve críticas de Agnelo dirigidas ao candidato do PSDB, Luiz Pitiman, e ao candidato do PSB, Rodrigo Rollemberg.

No primeiro bloco, os cinco candidatos responderam à pergunta: “Qual será sua primeira medida como governador do DF?”. Primeiro a responder, o governador Agnelo Queiroz disse que em 1o de janeiro de 2015, estará na rua trabalhando, visitando as obras que iniciou. “O DF estará muito melhor do que aquele que eu recebi em 1o de janeiro de 2011.”

Segundo a responder, José Roberto Arruda anunciou o tom que seguiria dali para frente: “Quatro anos atrás fui tirado do governo, preso, humilhado e, graças a Deus, estou aqui para dar as explicações necessárias e resgatar minha dignidade. Retomarei meu governo, de obras, que foi interrompido por um golpe.”

Rodrigo Rollemberg prometeu mandar um conjunto de propostas à Câmara Distrital para tornar o governo do DF mais transparente. “Vamos criar um conselho formado por pessoas da sociedade civil para fiscalizar as contas públicas”, afirmou. Toninho do Psol foi na mesma linha de Pitiman e prometeu auditoria nas contas públicas, inclusive nas contas para a construção do estádio Mane Garrincha. Luiz Pitiman prometeu reduzir o número de secretarias e cargos comissionados. 

Hora do ataque 

O debate esquentou no segundo bloco, quando foram feitas as perguntas de candidato para candidato. Toninho do Psol escolheu Arruda para fazer sua primeira pergunta e o tema da impugnação da campanha foi retomado. “Por que sua insistência em se candidatar depois de envergonhar os eleitores do DF?” A resposta de Arruda foi: “É melhor decidir qual é o seu lugar: jogador ou juiz. Quem vai decidir sobre minha candidatura é a Justiça, a Justiça é soberana”.

O segundo bloco também foi marcado por troca de acusações entre Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg. A provocação veio de Rollemberg, que escolheu perguntar a Agnelo: “O senhor está novamente prometendo ampliar o Metrô, mas não construiu nem sequer um quilômetro. Como o senhor quer que a população acredite?” Agnelo optou por valorizar a troca da frota de ônibus do DF e os investimentos feitos no Expresso DF. Na réplica, Rollemberg classificou o governo de “apagão de gestão”. O governador, então, revidou: “O senhor passou quatro anos no Senado e um dos únicos projetos que apresentou foi para passar recursos do Orçamento do DF para o Entorno”. 

Dobradinha 

O terceiro bloco foi uma prévia de possíveis alianças para o segundo turno - Arruda e Pitiman trocaram perguntas amistosas que tinham como objetivo atacar a gestão do atual governador. A comunhão entre os dois culminou com gargalhadas da plateia depois de José Roberto Arruda convidar Luiz Pitiman para trabalhar em um eventual futuro governo.

Em pergunta a Agnelo, Rollemberg lembrou casos de corrupção envolvendo administradores regionais. Em sua resposta, o governador lembrou a atuação da Polícia Civil nos casos e também a criação da Secretaria de Transparência. Em sua última intervenção, Toninho do Psol lembrou que Rollemberg e Pitiman haviam participado do governo Agnelo.

No quarto bloco, os candidatos responderam perguntas dos veículos de comunicação do Grupo Bandeirantes sobre os temas: saúde, educação, segurança pública, regularização fundiária e transporte. Entre uma pergunta e outra, entretanto, os candidatos voltaram ao ataque. Agnelo disse que a aliança foi rompida com Rollemberg porque ele não cedeu a uma indicação do senador e afirmou que Pitiman não pediu para sair, mas foi demitido. As acusações motivaram pedidos de resposta, que foram acatados. No quinto bloco, os candidatos se despediram de forma cordata, se dirigindo diretamente aos eleitores.

Fonte: Por Érica Montenegro - Jornal Metro Brasília.

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